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Temer quer servidores públicos sem reajuste até 2019
Depois da ampliação do rombo fiscal, o governo Temer agora quer economizar congelando os salários dos servidores públicos do Executivo federal até 2019, exceto os militares. Outra medida cogitada é a definição de um teto de R$ 5.000 para os rendimento dos novos concursados com níveis médio e superior. As medidas dependem de aprovação do Congresso Nacional.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no estado de Pernambuco (Sindsep-PE), Graça Oliveira, as medidas anunciadas pelo ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira, na última terça-feira (15) caíram como “uma bomba” entre os servidores.
Superado o choque inicial provocado pelo anúncio, “os servidores públicos precisam sair do nível de reclamação e partir para a ação”, defendeu Graça à Rádio Brasil Atual nesta sexta-feira (18). Ela anunciou que a categoria deve se mobilizar e cogita greve dos funcionários públicos a partir de setembro contra as iniciativas do governo Temer.
A sindicalista listou uma série de cortes em programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida para dizer que o governo Temer representa um modelo de “Estado-mercado”. “Não é um Estado inclusivo, que olhe para os direitos sociais, é um Estado minimo”, diz ela.
Sobre os cortes promovidos contra os servidores, a coordenadora do Sindsef-PE comparou o governo Temer aos tempos do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando o funcionalismo ficou sete anos e meio sem reajuste, segundo ela.
Graça Oliveira também criticou a postura de veículos da imprensa tradicional que tentam rotular os servidores como “preguiçosos e vagabundos”, responsabilizando-os pelos desequilíbrios nas contas públicas. Ela lembra que os funcionários do Executivo federal, alvos das medidas do governo, possuem média salarial menor que a dos demais poderes da República. “Os salários do Executivo sempre foram os mais baixos, com algumas exceções. É um absurdo o que a maioria da imprensa vem falando.”
Fonte: RBA
21.08.17
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Anamatra: decisão sobre amianto beneficia toda a sociedade
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Carga horária não pode ultrapassar 60 horas semanais nos casos de acumulação legal de cargos
21.08.17
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Dirigente sindical demitido antes de comunicar candidatura à empresa não obtém estabilidade
Um soldador não conseguiu o reconhecimento do direito à estabilidade provisória sindical porque não comunicou sua candidatura previamente à Metalcom Produtos Metálicos e Comércio Ltda., de Jataí (GO). A Justiça do Trabalho reconheceu a validade da dispensa, e seu recurso contra a decisão desfavorável não foi conhecido pela Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho. O relator, ministro Mauricio Godinho Delgado, explicou que, em recursos de natureza extraordinária, não cabe o reexame de fatos e provas, necessário para reverter a condenação.
O empregado alegou que o edital de inscrição da chapa Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos e Eletrônicos de Jataí – SITIMMME foi publicado em jornal de grande circulação (O Popular), assim como o edital de convocação para eleição do corpo diretivo, ainda na vigência do contrato de trabalho.
No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) manteve a sentença que reconheceu a validade da dispensa com fundamento no item I da Súmula 369 do TST, que assegura a estabilidade provisória “desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho”. Verificando os documentos e depoimentos prestados, o Regional concluiu que a empresa apenas teve ciência da candidatura posteriormente à extinção contratual, situação que afasta a estabilidade sindical.
Segundo o TRT, ainda que a notificação possa ser feita por qualquer meio admitido pelo direito, “a ciência deve ser inequívoca, a fim de se evitar a surpresa do empregador”. A notificação via edital, segundo a decisão, só deve ser usada quando o destinatário da comunicação estiver em local incerto ou não sabido, e, no caso, tanto o trabalhador quanto a chapa concorrente poderiam ter comunicado o fato diretamente à empresa – “como de fato fizeram, embora tardiamente”.
No exame do recurso do empregado para o TST, o ministro Mauricio Godinho Delgado afirmou que a decisão regional está em sintonia com a Súmula 369 do TST, e decisão diversa da adotada pelo Tribunal Regional, quanto à época em que a empresa teve ciência da candidatura, somente seria possível mediante o reexame de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 126 do TST.
Fonte: TST
21.08.17
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Mutirão para pagamentos de dívidas trabalhistas tem início em setembro
21.08.17
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Consórcio de Belo Monte é condenado por demitir operário após protesto por segurança no canteiro
21.08.17
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Lula recomeça por Salvador nova ‘caravana’ que percorrerá o Nordeste
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta quinta-feira (17) sua caravana pelos nove estados do Nordeste. Serão cerca de 4 mil quilômetros percorridos, com atividades programadas em 25 municípios. O objetivo do projeto “Lula pelo Brasil” é debater um modelo de desenvolvimento, o que, segundo o ex-presidente, foi abandonado pelo governo de Michel Temer, e verificar “mudanças que ocorreram na região durante os governos do PT e os desafios atuais da região”.
“A maior aula que tive sobre o Brasil foi viajando o país. Por isso, vou fazer novamente as caravanas. Agora com mais experiência e mais organização para entender as necessidades do povo”, disse Lula, quando anunciou a viagem.
Lula embarca para a Bahia nesta quinta. A peregrinação começa por Salvador. Ao lado de juristas e advogados, estará na Pupileira, às 17h, em mais um ato de lançamento do livro Comentários a uma Sentença anunciada – O Processo Lula, já lançado em eventos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ele irá de metrô até o evento, saindo da estação Pituaçu, segundo a Fundação Perseu Abramo, uma das organizadoras da caravana.
As obras do metrô eram de responsabilidade da prefeitura e ficaram mais de 10 anos paradas, segundo diz o presidente do PT de Salvador, Gilmar Santiago, ao site da fundação. “A prefeitura estava na mão dos carlistas, e durante esse período a obra ficou 10, 12 anos parada no mesmo lugar, com muita história de corrupção. Um dos ministros de Michel Temer, o da articulação política, é citado em denúncias do Tribunal de Contas”, afirma.
Em seguida, o ex-presidente segue para a Arena Fonte Nova, onde fará o lançamento de mais uma fase do Memorial da Democracia, apresentada no mês passado em Belo Horizonte.
Embora algumas versões tenham circulado por diferentes veículos, informando que o trajeto começaria por Feira de Santana, a assessoria do ex-presidente confirmou que o início será pela capital baiana. O roteiro completo da viagem não será divulgado com antecedência por questão de segurança. O final da viagem está previsto para o Maranhão, em 5 de setembro.
Na sexta-feira (18), recebe título de Doutor Honoris Causa, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) em Cruz das Almas, às 10h, e vai ao Festival da Juventude, na mesma cidade, às 15h.
No mesmo dia, em São Francisco do Conde, Lula será patrono na colação de grau de estudantes da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), às 19h.
No sábado (19), a caravana para em Feira de Santana, onde participa de atos em defesa de políticas públicas para o semiárido e Agricultura Familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de cisternas.
Durante o percurso, Lula se encontrará com políticos, empresários, sindicalistas e movimentos sociais em eventos nas capitais, cidades próximas e no interior. O projeto das novas caravanas está sendo organizado pelo PT e pelo Instituto Lula, com participação da Fundação Perseu Abramo.
Confira a possível programação da caravana “Lula pelo Brasil”:
Fonte: Rede Brasil Atual
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Minha Casa Minha Vida: 56,4% dos imóveis avaliados apresentam defeitos na construção
CGU avaliou amostra de 1,4 mil unidades habitacionais das faixas 2 e 3. Apesar de falhas como infiltrações, trincas e vazamentos, índice de satisfação dos beneficiários é positivo
O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) divulga o resultado da avaliação da execução do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), para beneficiários das faixas 2 e 3, financiado com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo foi verificar a regularidade dos contratos da Caixa Econômica Federal com as construtoras e com os mutuários; o impacto no déficit habitacional estimado; a elegibilidade do público-alvo; e o nível de satisfação dos beneficiários.
O relatório consolida dados de 77 empreendimentos ou contratos celebrados entre a Caixa e as construtoras, distribuídos em doze estados (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), com cerca de 30 contratos individuais de compradores para cada empreendimento visitado. Os trabalhos de campo foram realizados em 2015, com a análise de 2.166 contratos e 1.472 unidades habitacionais de beneficiários que responderam à pesquisa de satisfação e foram contemplados nas fiscalizações da CGU.
>>> Acesse o relatório na íntegra
>>> Confira planilha com empreendimentos fiscalizados
Conclusões
Com relação às construções, foram observados defeitos em 56,4% das unidades da amostra visitada, falhas estruturais ocorridas dentro do prazo de garantia. As principais foram: infiltrações, falta de prumo (verticalidade de paredes e colunas) e de esquadros (se os planos medidos estão com ângulo reto), trincas e vazamentos. Já quanto à área externa, menos de 20% dos moradores informaram situações de alagamento, iluminação deficiente e falta de pavimentação.
Apesar dos problemas apontados, a satisfação dos beneficiários entrevistados em relação aos imóveis se mostrou positiva: o nível foi considerado “Alto” em 33,1% dos casos e “Médio” em 47,2%. O resultado pode estar relacionado ao fato de a Caixa e as construtoras terem oferecido assistência e reparos às deteriorações dentro do prazo de garantia, que dependendo do item construtivo, pode ser de até cinco anos, conforme estabelecido no Código Civil.
O número de unidades habitacionais entregues pelo PMCMV-FGTS não resultou em redução efetiva do déficit habitacional, mas contribuiu para conter seu avanço. Também foi observado que a estratégia adotada no planejamento das alocações de recursos entre as regiões sofreu desfiguração ao longo da implementação do Programa, o que gerou resultados positivos em alguns estados e insatisfatórios em outros, de acordo com as metas estipuladas.
A conformidade dos procedimentos a cargo da Caixa para formalização do contrato de financiamento e liberação dos recursos mostrou-se satisfatória devido às regulares análises técnica, jurídica e financeira efetuadas pelos agentes financeiros. No entanto, verificaram-se falhas formais, especialmente em relação à falta de licença ambiental em empreendimentos. Em relação ao público-alvo, pode-se considerar que os beneficiários da amostra avaliada se enquadravam nas faixas de renda do PMCMV-FGTS.
Dentre as principais razões para a fiscalização do PMCMV-FGTS, está sua relevância no contexto econômico-social, pois garantiu o acesso da população de baixa renda à casa própria e viabilizou a geração de milhares de postos de trabalho. No período de 2009 a 2014, houve financiamento de R$ 225,5 bilhões para a construção/aquisição de quase 3 milhões de unidades habitacionais.
Recomendações
O Ministério da Transparência (CGU) considera que a execução do PMCMV-FGTS apresenta resultados satisfatórios, com oportunidades de aprimoramentos para mitigar as fragilidades identificadas.
A CGU recomendou ao Conselho Curador do FGTS e ao Ministério das Cidades (MCid) elaborar estudo para identificar as causas da reduzida demanda de alocação de recursos do Fundo nas localidades que, embora tenham déficit habitacional significativo, registraram baixa execução.
Outra recomendação ao MCid foi a criação de painéis indicadores que permitam observar e avaliar, periodicamente, por unidade da federação e por tipo de programa, no mínimo, os seguintes aspectos: construtoras com maior número de problemas; tipos de defeitos comuns nas unidades habitacionais; principais situações causadoras de atrasos nas obras; e localidades com maior número de falhas.
A Caixa foi orientada a avaliar os procedimentos de conformidade ambiental implementados pelas instituições financeiras habilitadas. Também foi orientado aos agentes responsáveis pelas operações de financiamento verificar o extrato de conta vinculada do FGTS e o comprovante apresentado no momento do enquadramento do benefício, de forma a validar a renda familiar.
A CGU permanece na busca conjunta por soluções e realiza o sistemático monitoramento das providências adotadas pelos gestores federais responsáveis.
Avaliação sistemática
O Programa Minha Casa Minha Vida é alvo de acompanhamento sistemático pelo Ministério da Transparência. No site do Órgão, é possível localizar relatórios de trabalhos anteriores relativos ao assunto. Todos trazem constatações, manifestação do gestor, análise do controle interno e devidas recomendações para saneamento dos problemas identificados.
Em fevereiro deste ano, por exemplo, foi publicada avaliação do PMCMV na modalidade Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), primeira fase, para beneficiários com renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos. O relatório consolida dados de 195 empreendimentos, distribuídos em 110 municípios de 20 Unidades da Federação.
Dentre as conclusões, destacam-se a identificação de oportunidades de melhoria quanto à aprovação dos projetos na Caixa, no que se refere à melhor evidenciação da análise dos projetos e das planilhas orçamentárias; a frequência de problemas construtivos nas unidades habitacionais e nos empreendimentos; fragilidades na aplicação de critérios de hierarquização e de transparência na seleção de beneficiários, por parte das prefeituras; baixo índice de realização do trabalho social e alto nível de satisfação dos beneficiários com as unidades habitacionais e com os empreendimentos.
O trabalho possibilitou, ainda, um benefício financeiro de quase R$ 1 milhão em razão da substituição de beneficiários que não atendiam às regras do Programa.
Fonte: CGU
16.08.17
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Base do golpe tenta impor ritmo acelerado de destruição do Estado nacional
O Congresso Nacional, depois de rejeitar a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer, trabalha agora para manter a base e conseguir aprovar as reformas política e da Previdência, entre outros projetos de interesse das bancadas empresariais e ruralistas. Parlamentares e cientistas políticos avaliam a manutenção de Temer como parte de um projeto de poder impossível de ser conduzido de maneira democrática e com respeito ao voto popular. O planejamento em curso une parte do poder econômico e financeiro e suas ramificações nos Poderes Executivo, Legislativo e no Judiciário.
Não é razoável supor que um chefe de governo e uma grande bancada de parlamentares fossem eleitos se prometessem, entre outras medidas: reduzir a participação da Petrobras no pré-sal, congelar gasto sociais por 20 anos, mudar a base curricular do ensino médio, legalizar toda terceirização irregular de mão de obra, impor uma reforma que remete as relações de trabalho ao século 19, reduzir as áreas de proteção florestal para beneficiar grandes proprietários de terra, entre outras intenções que ainda estão por vir.
O próprio PMDB de Michel Temer não teve coragem de apresentar sua plataforma “Ponte para o Futuro” – que contém parte disso e de outros projetos futuros – durante as eleições de 2014. Ao contrário, naquele 2014, Temer, ao lado de legendas como PSD, Pros, PP, PR e PRB, entraram no barco da reeleição de Dilma Rousseff com objetivo de tirar proveito do sucesso dos três governos anteriores.
Na convenção que há três anos ratificou a recandidatura Dilma, Michel Temer discursou, afirmando que a eleição do ex-presidente Lula, em 2002, foi o segundo grande momento da democracia brasileira, depois da Constituição de 1988. “A Carta foi um banho de democracia. E a eleição de Lula em 2002 foi um segundo grande momento, ao começar a pôr em prática requisitos de cidadania exigidos pela Constituição, como direito a alimentação, saúde e educação para todos”, comparou, referindo-se aos programas sociais privilegiados pela gestão petista a partir de 2003.
Leia aqui reportagem sobre o evento, quando Temer assinalou ainda que, além de ter retirado mais de 42 milhões de pessoas da situação de pobreza extrema e de a chamada classe C ter aumentado de 37% para 55% da população, os quase 12 anos de era Lula-Dilma também representaram o crescimento da classe B de 7,6% para 12,5%. “Governamos para todos os brasileiros”, disse, ao defender a presença de seu partido na coligação.
O esforço de Temer em jurar fidelidade àquele projeto de governo que seria o vencedor nas urnas dali a alguns dias pode ser atestado também no vídeo abaixo, em que o então vice leal discursa no Teatro da Universidade Católica (Tuca) de São Paulo. No palco, Temer declara que a “reeleição não se destina apenas a reeleger pessoas, mas a reeleger os planos” que deram certo nos mandatos anteriores. “Quando verificamos o que Lula fez, primeiro, e o que a Dilma vem fazendo, nós verificamos que nosso adversário diz: Bolsa Família, vamos continuar; Minha Casa Minha Vida, vamos continuar; Pronatec, vamos continuar; o Fies, vamos continuar; Brasil Carinhoso, vamos continuar… Ora, se até a oposição nos aprova, para que mudar?”.
Fonte: RBA
15.08.17
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Centrais procuram Fiesp para discutir ‘agenda de crescimento’
Enquanto articulam com governo e Congresso uma medida provisória para reduzir o impacto da Lei 13.467, de “reforma” trabalhista, centrais sindicais querem retomar conversas com empresários em torno de uma “agenda de crescimento” econômico. A ideia é retomar o chamado Compromisso pelo Desenvolvimento, firmado no final de 2015 entre trabalhadores e setor produtivo, mas atropelado pela crise política. Os primeiros contatos já foram feitos com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mesmo identificando na entidade uma das principais apoiadoras do processo que culminou com o impeachment de Dilma Rousseff, há um ano.
Cinco das centrais reconhecidas formalmente discutiram esses e outros temas na tarde de hoje (14), na recém-inaugurada sede da CTB, na zona oeste de São Paulo. Além da anfitriã, estavam lá representantes da CSB, Força Sindical, Nova Central e UGT. A CUT não participou do encontro. As entidades planejam realizar, em 1º de setembro, uma plenária com as categorias que têm data-base no segundo semestre. O encontro com empresários está previsto para o dia 17 do mês que vem, mas a data pode ser alterada.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, defendeu a necessidade de “retomada de uma agenda em defesa do Brasil, que vive um momento dramático”, sem perspectiva de recuperação. “A gente não vê uma luz capaz de retomar o crescimento e a geração de emprego se não retomar a produção industrial em alta escala, com retomada dos investimentos”, afirmou. “A opção do governo por essa agenda ultraliberal só faz o rentismo sorrir.”
Segundo ele, mesmo apoiadores do golpe “estão sentindo os impactos desse engessamento”, referindo-se à crise política. “O Compromisso pelo Desenvolvimento era um diálogo com o setor produtivo. Esse diálogo vai ser retomado. Divergências à parte, todos nós queremos que o Brasil retome o seu caminho.” Para o presidente da CTB, a crise política interrompeu um processo de mudanças sociais que havia sido iniciado no governo Lula.
O diálogo deve ser tentado, argumentou Adilson, “independentemente do posicionamento político que a Fiesp tenha adotado”. Mas o dirigente acredita que caberia uma “autocrítica” à entidade empresarial: “Eles financiaram o golpe e estão pagando caro”.
Simultaneamente, as centrais, ou pelo menos parte delas, continuam discutindo os termos de uma medida provisória que contemple alguns itens incluídos no projeto de reforma da legislação, como trabalho intermitente, negociação individual, homologação, presença de gestantes e lactantes em locais insalubres e custeio da atividade sindical. O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, destacou a unificação de campanhas de várias categorias neste segundo semestre. Metalúrgicos ligados a várias centrais já se organizam para realizar um dia de protestos e uma plenária nacional, em setembro.
Também há uma preocupação no sentido de que a MP seja aprovada antes que a Lei 13.467 entre em vigor, em novembro. “A nossa intenção é retomar o diálogo o quanto antes”, comentou o secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT, Francisco Pereira de Sousa Filho, o Chiquinho. “A gente deve retomar essa conversa com o presidente Temer e abrir espaço no Congresso Nacional.”
Ele afirmou que há um acordo entre senadores e o Executivo que permitiu votar o projeto de reforma sem alterações, desde que fosse editada uma medida provisória “ajustando” alguns itens, como a questão do financiamento. “Se não bastasse o fim dos direitos dos trabalhadores, se feriu de morte as entidades sindicais”, disse o presidente da CTB, lembrando que conselhos profissionais e entidades de classe, como a OAB, são financiadas por seus representados. No caso dos sindicatos, a ideia é criar uma contribuição cuja percentual seria aprovado em assembleia.
Representantes de centrais voltarão a se reunir na semana que vem, desta vez na sede da UGT, na região central de São Paulo.
15.08.17
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Povo Sem Medo inicia jornada para estimular a população a pensar novo projeto para o país
A Frente Povo Sem Medo lançou nesta segunda-feira (14) o portal “Vamos! Sem medo de mudar o Brasil”. A ideia é criar uma plataforma para agregar democraticamente contribuições da sociedade civil. Nela, as pessoas podem sugerir projetos e discutir propostas organizadas em cinco eixos: democratização dos territórios e meio ambiente; democratização da economia; democratização do poder e da política; um programa negro, feminista e LGBT; democratização da comunicação e da cultura.
“Não esperamos que soluções caiam do céu! Diante da maior crise institucional desde a redemocratização, sem medo, decidimos construir a saída com nossas próprias mãos”, afirma a organização. Além de estimular a mobilização no ambiente virtual, a Frente Povo Sem Medo, que reúne mais de 27 movimentos sociais, coletivos e sindicatos de trabalhadores, pretende realizar eventos em diversas capitais do país para apresentar o projeto e seus resultados.
O primeiro dessa série de eventos será realizado em São Paulo, no próximo dia 26. O local ainda não está definido, porém a Frente adianta que será em um espaço público, às 19h. Neste primeiro encontro, membros de movimentos organizados da sociedade civil, integrantes da Frente, devem apresentar o projeto. “As oportunidades abertas são sempre proporcionais ao tamanho da crise. É hora de reorganizar as ideias, defender o legado da luta popular e propor novos caminhos”, dizem.
Outras capitais também possuem datas marcadas para a realização dos debates e já com apresentação de resultados. No Rio de Janeiro, será debatido o eixo sobre a democratização da economia, no dia 21 de setembro. Porto Alegre recebe a iniciativa no dia 30 do mesmo mês para debater a democratização do poder e da política. O tema da democratização das comunicações e cultura será discutido em Fortaleza, em 7 de outubro. No Norte do país, Belém será sede do encontro sobre a democratização dos territórios e meio ambiente, no dia 28 de outubro. No dia 11 de novembro, é a vez de Belo Horizonte analisar propostas sobre um programa negro, feminista e LGBT. Por fim, Recife recebe o último evento, um balanço das açõesem 25 de novembro.
“Presencialmente, capitais e cidades do interior do Brasil irão realizar encontros com especialistas de cada um dos eixos para provocar a discussão e pactuar consensos. No âmbito online, um texto-manifesto orientará a discussão dos eixos e cada cidadão poderá participar levantando propostas e interagindo com as já existentes, o que criará um processo ativo de participação social”, afirma a entidade. No final do ano, a Frente pretende articular em favor das novas propostas “de forma transparente e aberta, até que um novo desenho de Brasil seja delineado pelas nossas mãos”.
Fonte: Rede Brasil Atual
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STF retoma julgamento sobre validade de leis que proibem uso do amianto
O julgamento das ações que questionam leis dos estados de Pernambuco, São Paulo e do Rio Grande do Sul que proíbem a produção, comercialização e o uso de produtos com amianto vai ser retomado nesta quinta-feira (10) pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento foi interrompido após pedido de vista do ministro Dias Toffoli, no dia 23 de novembro de 2016.
Nessa quarta-feira (9), o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou nota em que defende, junto com outras entidades, o banimento total da produção, comercialização e do uso da fibra de amianto no país.
Segundo o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, não existem níveis seguros de exposição ao amianto. “Não há como eliminar o risco na manipulação de fibras do amianto, elas ficam em suspensão”, disse. “A partir de estudos que comprovam que não existe manipulação segura do amianto, nosso propósito é trabalhar pelo banimento total dessa fibra no Brasil”, acrescentou o procurador.
Em agosto de 2012, o STF promoveu audiência pública para discutir o assunto, quando foram ouvidos mais de 30 especialistas entre cientistas, representantes da indústria, do governo e de entidades de apoio aos trabalhadores expostos ao amianto.
No mesmo ano, o MPT criou o Programa Nacional de Banimento do Amianto e, desde então, vários termos de ajustamento de conduta (TAC) foram acordados com empresas que concordaram em substituir o amianto por outro material.
“Em São Paulo, por exemplo, as duas últimas empresas que ainda usavam amianto, por força do ajustamento de conduta com o MPT, deixaram de usar em janeiro deste ano. O mesmo aconteceu no Rio Grande do Sul, em junho deste ano. Em Santa Catarina, a única empresa do setor no estado firmou acordo com o MPT e em 2016 deixou de usar amianto”, diz a nota do Ministério Público.
Fonte: RBA
10.08.17
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Governo sanciona LDO, e salário mínimo vai a R$ 979 em 2018
O presidente Michel Temer sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018. A LDO estabelece as metas e prioridades do governo para o ano seguinte e orienta a elaboração da lei orçamentária anual. O texto sancionado está publicado na edição de hoje (9) do Diário Oficial da União.
O texto sancionado mantém a meta fiscal proposta pelo governo e prevê, para 2018, um deficit primário de 131,3 bilhões de reais para o conjunto do setor público consolidado (que engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais), sendo 129 bilhões de reais para os orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e 3,5 bilhões de reais para o Programa de Dispêndios Globais.
A LDO estipula o aumento do salário mínimo de 937 para 979 reais. Também projeta um crescimento real da economia brasileira de 2,5%, taxa básica de juros (Selic) em 9%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,5% no ano e o dólar a 3,40 reais no fim de 2018.
Essa será a primeira LDO a entrar em vigor após aprovação do teto de gastos públicos, que atrela os gastos à inflação do ano anterior, por um período de vinte anos.
Fonte: Veja
10.08.17
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Movimentos se mobilizam por abertura da Casa da Mulher Brasileira
O prédio onde funcionaria a Casa da Mulher Brasileira segue fechado na capital paulista desde 2016, quando ficou pronto. O equipamento foi financiado com recursos do governo federal, que liberou a verba para a sua construção em 2013, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, e a responsabilidade pela manutenção do projeto ficou a cargo da prefeitura. Mulheres de diferentes movimentos da sociedade civil estão organizadas para reivindicar o seu funcionamento.
Atendendo a um convite do Conselho Municipal de Políticas para Mulheres, representantes destes movimentos compareceram ao prédio, que fica no bairro do Cambuci, região central da capital, na segunda-feira (7). Também estiveram no local representantes da administração municipal. Avaliando o encontro como insuficiente, a conselheira Ana Rosa solicitou uma reunião do grupo com membros da secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (SDHC) e da pasta de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).
“Conversamos sobre o porquê da Casa da Mulher Brasileira não estar funcionando, se existe falta de recursos, o que está acontecendo”, diz Ana Rosa. O equipamento tem como objetivo concentrar em um único espaço os serviços de atendimento à mulheres vítimas de violência. “Eles alegam que faltam algumas estruturas, como uma subestação de energia, estacionamento e acesso. Mas estamos pressionando para ver onde está o dinheiro. Eles mesmos dizem que existe, nós queremos comprovar.”
Durante a reunião, que deveria servir para que estes aspectos fossem explicados, como relata a conselheira, não foram apresentados dados concretos. “Tivemos um grande problema. Na reunião, não apresentaram nem o programa de metas e nem o orçamento destinado aos programas de políticas para mulheres. Disseram que não têm autorização porque não está concluído. Então, reiteramos o pedido para a próxima reunião, que vai acontecer no mês que vem”, disse.
A vereadora Juliana Cardoso (PT), que esteve no local, afirmou que “na prefeitura, sofremos com a instabilidade e a troca de secretários e coordenadoras”. “Soubemos hoje que, após oito meses de gestão, a Coordenadoria de Políticas para as Mulheres não tem nem CNPJ. A coordenadora afirmou que em um mês regularizaria a situação. Vamos ficar de olho”, pontuou.
A gestão do prefeito João Doria (PSDB) tirou o status de secretaria da pasta das mulheres, transformando-a em uma coordenadoria dentro da SDHC. “Disseram que não houve prejuízo, mas isso não é real. Um problema já apareceu, em relação à organização e o CNPJ. Devido a isso, estamos com problemas em licitações”, afirma Ana Rosa.
Manifestação
Além dos atrasos na inauguração da Casa da Mulher Brasileira, as ativistas temem por outros retrocessos no âmbito do governo municipal. “Pedimos para que, na próxima reunião, apresentem explicações sobre o fechamento de aparelhos de combate à violência contra a mulher nas periferias. E veja, todo desmonte no setor público afeta as mulheres”, acrescenta a conselheira.
Para barrar retrocessos no combate à violência contra a mulher, será realizado amanhã um ato, às 14h, em frente ao prédio do Ministério Público, na Rua Riachuelo, centro de São Paulo. Além do ato, as mulheres pretendem protocolar um manifesto contra o desmonte das políticas públicas de enfrentamento à violência na cidade no órgão. “Vários movimentos vão participar, incluindo a CUT São Paulo, movimentos de moradia, sem teto, Marcha Mundial de Mulheres, União Brasileira de Mulheres, entre outros”, afirma Marinalva Araújo, assessora da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT paulista
“O ato rechaça todo o desmonte. Veja, ontem parei em um pronto-socorro municipal e o que mais tinha lá eram mulheres com crianças ou acompanhando seus maridos. Todo desmonte afeta as mulheres”, reafirma Ana Rosa.
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08.08.17
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Trabalhador poderá negociar banco de horas diretamente com o patrão… Será?
08.08.17
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Aos 11 anos da Lei Maria da Penha, uma mulher é agredida a cada dois segundos
Para marcar os 11 anos da aprovação da Lei Maria da Penha (11.340/2006), que passou a identificar como crime a violência doméstica e familiar contra a mulher, o Instituto Maria da Penha lançou hoje (7) o Relógios da Violência, que traz informações sobre os tipos de agressão que as mulheres sofrem.
Entre outros números, o Relógios da Violência revela que a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal, no Brasil. Também a cada dois segundos, uma mulher é assediada – na rua, no trabalho ou no transporte público. A cada 23 segundos é vítima de espancamento ou tentativa de estrangulamento. E de dois em dois minutos, uma mulher é morta por arma de fogo.
A iniciativa visa a informar as pessoas para que saibam caracterizar os diversos tipos de violência contra a mulher e, assim, denunciar as violações, ampliando o acesso à lei. “Os dados são alarmantes e precisam ser pulverizados para que homens e mulheres se conscientizem do cenário violento que vivemos”, diz Maria da Penha.
Além dos diferentes “relógios” que registram os crimes ocorridos, o site traz informações sobre prevenção e combate à violência. Mostra, ainda, o ciclo desenvolvido pela psicóloga Leonor Walker, que identifica três fases do comportamento do agressor, que vai do aumento da tensão até a reconciliação, passando pelo ato violento.
Fonte: RBA
08.08.17
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“OVO ACIONADO”: Doria tenta fazer campanha em Salvador e é recebido com ovada
08.08.17
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Reforma aumentará desemprego e beneficia patrão, aponta pesquisa
Nova rodada da pesquisa do Vox Populi, encomendada pela CUT e divulgada hoje (7), aponta rejeição à “reforma” trabalhista do governo Temer, materializada pela Lei 13.467, sancionada em julho. Para 57% dos entrevistados, a mudança é boa apenas para os patrões, enquanto 15% acreditam que não beneficia ninguém. Apenas 12% afirmaram que a reforma é boa para ambos e só 3% disseram que ajuda os empregados. Outros 14% não souberam ou não responderam.
A rejeição aumenta para 63% na região Nordeste e vai a 57% no Sudeste. Fica na média no Centro-Oeste/Norte e cai para 48% na região Sul. É um pouco maior entre homens (58%) do que mulheres (56%), e entre adultos (59%) do que jovens (57%) e maduros (49%). Também sobe, para 59%, entre pessoas de nível superior e com renda equivalente a até dois salários mínimos.
Sobre possíveis efeitos, 72% afirmam que o desemprego, atualmente em nível recorde, deverá aumentar. E 14% avaliam que continuará como está.
Os pesquisadores perguntaram sobre dois itens da nova lei. Para 60%, negociar sozinho, sem a presença do sindicato, é ruim ou péssimo e para 13%, ótimo ou bom. Outros 17% consideram regular e 11% não quiseram ou não souberam responder.
A maioria também foi contrária ao dispositivo que permite à mulher gestante ou lactante trabalhar em locais insalubres, mediante um atestado médico. Pouco mais da metade dos entrevistados (51%) disseram que isso é bom só para os patrões e 18%, para ninguém. Nas demais respostas, 11% acreditam que é bom para ambos e 6%, para os empregados, enquanto 14% não responderam ou não souberam responder.
Foram entrevistadas 1.999 pessoas nos dias 29 e 31 do mês passado, em 118 municípios de áreas urbanas e rurais. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos, com intervalo de confiança de 95%.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a reprovação só não superou os 90% porque os trabalhadores ainda não têm pleno conhecimento das novas regras. Segundo ele, Temer institucionalizou o chamado “bico” no mercado de trabalho.
“O governo e o Congresso Nacional esconderam dos trabalhadores que a reforma acaba com garantias incluídas na CLT”, diz Vagner. “Disseram apenas que geraria empregos, o que não é verdade. Não disseram, por exemplo, que os empregos decentes serão substituídos por empregos precários, com salários mais baixos e sem benefícios, entre tantas outras desgraças previstas na nova lei trabalhista.”
Fonte: RBA
08.08.17
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Empregador doméstico tem até esta segunda para pagar eSocial
O prazo para os empregadores domésticos pagarem o Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) de julho termina nesta segunda-feira (7). O documento reúne em uma única guia as contribuições fiscais, trabalhistas e previdenciárias que devem ser recolhidas pelos empregadores referentes aos trabalhadores domésticos.
Segundo a Receita, documentos gerados depois do prazo serão calculados com multa de 0,33% por dia de atraso. Para a emissão da guia unificada, o empregador deve acessar a página do eSocial.
Canais de Atendimento
A Receita Federal lembra que os empregadores domésticos têm à sua disposição, além do pagamento em guichê de caixa bancário, vários canais alternativos – como lotéricas, internet banking e canais eletrônicos de autoatendimento – para fazer o pagamento do DAE.
“Os canais alternativos oferecidos pela rede bancária devem ser priorizados, pela simplicidade e facilidade na sua utilização”, diz a Receita.
Fonte: RBA
07.08.17
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Silvio Costa: ‘Temer representa um governo moribundo e o PSDB precisa de um psiquiatra’
O deputado federal Silvio Costa (PTdoB-PE) não mede palavras para analisar a atual conjuntura política, partidos e lideranças aos quais se opõe. Na opinião do parlamentar, a votação que deu ao presidente Michel Temer a vitória que o mantém no cargo, na quarta-feira (2), foi ilusória. “Se ele tivesse tido 363 votos, teria saído com força política. Mas foi uma votação pífia para o esforço que ele fez. É um governo que vai continuar moribundo”, diz o parlamentar.
Para o deputado, o papel do PSDB na votação, que livrou Temer de ter a denúncia por corrupção levada ao STF, por 263 votos contra 227, pode ser resumida em uma frase: “O PSDB precisa de um psiquiatra”. Da bancada tucana na Câmara, de 47 deputados, 22 votaram a favor de Temer, 21 foram contra e quatro se ausentaram. Ainda assim, os tucanos continuam no governo e ocupam quatro ministérios.
Costa acredita que a vitória governista, mas por margem inferior a votações anteriores e relativamente estreita, mostrou que Temer representa “um governo que vai continuar moribundo”.
Para ele, “o primeiro efeito colateral dessa pseudovitória de Temer” é a reforma da Previdência. “Essa subiu no telhado. Não será aprovada nunca.”
Como avalia a situação na Câmara após Temer ter conseguido barrar o andamento da denúncia ao STF?
O Michel Temer teve uma vitória matemática, mas foi uma derrota política. Por quê? Todo mundo sabe que ele abriu o Diário Oficial, fez a maior nomeação de cargos dos últimos tempos. Todo mundo sabe que ele agilizou o processo de empenho de emenda, e, com toda a truculência de uso da máquina, mandou 12 ministros no dia (da votação), e esses ministros não foram apenas votar, foram para lá trabalhar voto. Um ministro estava com uma lista dos favores que eles faziam aos deputados. E com tudo isso ele só conseguiu 263 votos. Ponto. Primeiro efeito colateral dessa pseudovitória de Temer: a reforma da Previdência. Essa subiu no telhado. Não será aprovada nunca.
Por quê?
Se ele tivesse tido 363 votos, ele teria saído com força política. Mas foi uma votação pífia para o esforço que ele fez. É um governo que vai continuar moribundo. Se eventualmente acontecer uma nova denúncia, ele vai recomeçar todo o processo, e não sei mais o que ele tem a oferecer aos deputados.
Ele tem um problema sério, agora. Ficou refém da chantagem. A frase que eu mais escutava da base era a seguinte: “pra gente interessa governo fraco e parlamento forte”. Essa é a lógica dos caras. Quanto mais fragilizado Michel Temer estiver, mais eles podem chantagear. Observe que o “centrão” começou a chantagear agora para “demitir” o PSDB. O correto era Temer “demitir” (os ministros do) PSDB, que o traiu vergonhosamente. Ele não “demite” o PSDB porque ele é refém de uma eventual nova denúncia.
Como avalia a posição do PSDB na votação?
O PSDB precisa de um psiquiatra. Primeiro, o líder (Ricardo Trípoli – SP) orienta todo mundo a dar presença. Ou seja, quem queria derrubar Temer não poderia dar presença. Essa foi a primeira orientação do líder Trípoli. Segunda coisa, ele depois vai à tribuna e orienta a favor da denúncia (contra Temer). Aí, metade vota de um jeito, a outra metade vota de outro. Então, isso é caso de psiquiatra.
Mas o PSDB não está jogando dos dois lados, ao mesmo tempo se dizendo contra a corrupção mas a favor das reformas?
O partido que saiu pior desse processo foi o PSDB. Se alguém saiu manchado desse processo foi o PSDB. Saiu como um partideco, um partido sem cara. Aliás, com uma cara: cara de sem vergonha.
Como o senhor vê as articulações para o ano que vem? O presidente Temer ainda pode cair ou se mantém até 2018?
Claro que pode. O Temer é uma pessoa que está num fio a mil metros de altura. A qualquer momento ele pode cair. Isso vai depender de uma eventual delação premiada de Eduardo Cunha, de uma eventual delação premiada de Funaro, de uma nova denúncia do Janot.
Na verdade, os deputados que votaram “sim” (a favor de Temer), como eu disse no meu discurso, oficializaram a corrupção no Brasil. Porque um cara que foi pego fazendo obstrução de Justiça, em um determinado momento um empresário falava com Geddel (Vieira Lima), depois “pode falar com Rocha Loures” (ex-deputado PMDB-PR), depois o Rocha Loures aparece com uma mala de dinheiro, e esse cara não praticou corrupção?
Sobre a reforma da Previdência, o governo não pode fatiar e aprová-la aos poucos?
O governo está com peça de discurso, só. Ele precisava de um discurso que agradasse o setor produtivo pra dizer que tem algum fôlego. Por isso a primeira fala de Michel Temer foi dizer que vai fazer a reforma da Previdência. Ele não tem voto no Congresso pra fazer. Pode fazer uma perfumaria, mexer só na idade, que não aprova.
07.08.17
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Lei da Terceirização não se aplica a contratos encerrados antes de sua vigência
A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, nesta quinta-feira (3), que, nos contratos de trabalho celebrados e encerrados antes da entrada em vigor da Lei 13.429/2017 (Lei das Terceirizações), prevalece o entendimento consolidado na Súmula 331, item I, do TST, no sentido de que a contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços.
O corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Renato de Lacerda Paiva, lembrou que este é o primeiro precedente da SDI-1 (órgão responsável pela uniformização da jurisprudência do TST) sobre a aplicação intertemporal da lei. A decisão, assim, “sinaliza para os juízes de primeiro grau e Tribunais Regionais como é que deverão enfrentar a questão”. Segundo os ministros, a questão da incidência imediata da nova lei sobre contratos já encerrados vem sendo levantada também nas Turmas.
A decisão se deu em embargos de declaração opostos pela Contax-Mobitel S/A em processo no qual a SDI-1, com base em sua própria jurisprudência, manteve a ilicitude da terceirização de serviços de telemarketing com o Itaú Unibanco S/A, com o entendimento de que os serviços telefônicos de cobrança se inserem na atividade-fim bancária.
Nos embargos, a Contax pediu que a Subseção se manifestasse acerca da entrada em vigor da Lei da Terceirização, especificamente na parte em que acresceu à Lei 6.019/74 (Lei do Trabalho Temporário) dispositivo (parágrafo 2º do artigo 4º-A) que afasta o vínculo de emprego de terceirizados, “qualquer que seja o seu ramo”, com a contratante dos serviços. Para a empresa, a nova lei “afasta qualquer ilação de ilicitude na terceirização dos serviços prestados” e “deve ser aplicada de imediato”, tendo em vista que a Súmula 331 “vigia no vazio da lei, vazio esse que não mais existe”.
Outro ponto sustentado pela prestadora de serviços é o fato de a questão jurídica relativa à terceirização de atividade-fim dos tomadores de serviços é objeto de recurso extraordinário, com repercussão geral reconhecida, perante o Supremo Tribunal Federal. Por isso, pedia o sobrestamento do processo até o julgamento pelo STF.
Decisão
Embora ressaltando não haver omissão, contradição, obscuridade ou erro material na decisão anterior da SDI-1, o relator, ministro João Oreste Dalazen, entendeu necessário o acolhimento dos embargos de declaração para prestar esclarecimentos sobre a matéria, a fim de complementar a posição já firmada. “A entrada em vigor da nova lei, geradora de profundo impacto perante a jurisprudência consolidada do TST, no que alterou substancialmente a Lei do Trabalho Temporário, não se aplica às relações de emprego regidas e extintas sob a égide da lei velha, sob pena de afronta ao direito adquirido do empregado a condições de trabalho muito mais vantajosa”, afirmou o ministro Dalazen.
Com relação ao pedido de sobrestamento, o relator observou que, apesar de ter reconhecido a repercussão geral da matéria relativa aos parâmetros para a identificação da atividade-fim, o STF não determinou o sobrestamento da tramitação dos processos que tratam do tema. “Em semelhantes circunstâncias, nem a entrada em vigor da Lei 13.429/2017, nem o reconhecimento de Repercussão geral do tema versado no ARE 713211, no âmbito do STF, têm o condão de alterar o entendimento firmado no acórdão ora embargado”, concluiu.
Fonte: TST
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