A palavra é sua
- Aprovar e assinar o Manifesto em defesa da Indústria Nacional lançado pela CTB, bem como, a criação da secretaria da indústria dentro da direção nacional;
- Lutar pela não aplicação da Lei Trabalhista 13.467/2017;
- Garantir direitos iguais nos locais de trabalho para todos os trabalhadores e trabalhadoras, inclusive para os terceirizados;
- Não permitir a rescisão de comum acordo sem a participação dos sindicatos;
- Lutar contra a assinatura anual da quitação de dividas pelos trabalhadores e trabalhadoras;
- Orientar aos sindicatos a ampliação da representação para regular o trabalho autônomo, criando regras para os salários, saúde e segurança;
- Buscar dialogar de forma propositiva com o setor produtivo para que o país possa crescer e gerar emprego;
- As entidades de grau superior deverão traçar uma agenda de lutas com o objetivo de estimular nossa capacidade de resistir, combater e vencer os desafios da atualidade;
- Lutar para combater a informalidade;
- Com nossas entidades internacionais FSM, UITBB, FLEMACON fortalecer a solidariedade e o internacionalismo proletário;
- Fortalecer o Encontro Sindical Nossa America;
- Defender a integração soberana, democrática e solidaria da America Latina e Caribe;
- Intensificar em todas as bases campanhas de sindicalização com o objetivo de fortalecer as entidades sindicais;
- Em que pese à atuação destacada dos dirigentes CTBistas nas lutas gerais, o momento atual exige presenças constantes nas bases e politização dos trabalhadores;
- As entidades classistas somarão esforços para participar do Encontro Internacional da UITBB e FLEMACON, que será realizado na América Latina em 2018;
- Contribuir para o fortalecimento das CIPAS;
Debate Aberto
* Raimundo Brito
Resoluções do VI Encontro Nacional do Ramo da Construção da CTB: endurecer a resistência para reforçar a Luta.
A crise mundial capitalista é uma das mais longas da história, as perturbações econômicas começaram no final de 2007 provocada pelo colapso financeiro dos EUA, castigou duramente a Europa e migrou para os países emergentes e hoje praticamente atinge todo o mundo.
A classe trabalhadora é quem mais sofre. O desemprego já atinge 200 milhões de trabalhadores em todo o mundo. (dados da OIT), no Brasil, segundo o IBGE já atingimos 14 milhões de desempregados, o golpe de 2016 contribuiu drasticamente para o aumento da desigualdade no país, os benefícios sociais que foram implementados durante os governos populares de Lula e Dilma muitos foram retirados e outros reduzidos, a exemplo dos investimentos em infra estrutura, MCMV, aumentando assim, o drama dos trabalhadores e trabalhadoras.
As entidades sindicais também sofreram duros ataques com a reforma trabalhista, a exemplo do fim do imposto sindical. As elites brasileiras tentam se manter no poder, enfraquecendo as entidades representativas dos trabalhadores, com o propósito de eliminar a principal resistência ao seu nefasto projeto.
A produção industrial desabou 6,6% em 2016. A construção naval e a civil começaram a despencar em 2014, principalmente depois da Operação Lava Jato a qual contribuiu com a sua forma de operar para destruição de grandes empresas, provocando quebradeira e até fechamento de algumas da cadeia produtiva do setor. Em maio de 2017 já somávamos 1,7 milhões de desempregados e desempregadas só na construção civil, em toda indústria já passamos dos 4,2 milhões e o pior esta por vim com a aprovação da reforma trabalhista que retira direitos históricos, conquistado com muito suor e luta durante a constituição de 1988 e rasga a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, da Era Vargas.
Enquanto isso os golpistas vão mandando e desmandando no país como porta voz do grande capital. Os empresários aproveitando-se do momento exigem dos seus deputados a contra partida oferecidas durante a campanha eleitoral e desta forma vão sendo aprovadas as reformas almejadas pela classe patronal.
A bola da vez será a reforma da previdência, que se aprovada da forma apresentada, vai ser um desastre para a classe trabalhadora em especial para os trabalhadores e trabalhadoras da indústria da construção que amarga o monstro do desemprego, da rotatividade e da informalidade. Estes trabalhadores não conseguiriam contribuir 49 anos, haja vista, que o tempo médio de permanência no emprego desta categoria é de 06 meses, segundo pesquisa do DIEESE. Vendo por este ângulo um trabalhador com 49 anos de contribuição precisa trabalhar 98 anos, num país que a idade média dos brasileiros é de 75 anos.
Neste sentido as entidades sindicatos classistas devem seguir firmes na luta para combater os golpistas, defendendo a democracia e buscando recuperar direitos e elevar a auto-estima da classe trabalhadora em todo Brasil.
Para tanto estamos propondo:
Assinado pelas entidades:
FETRACOM/BASE;
SINTRACOM/BA;
SINTRICOM/ILHÉUS;
SINTRACOM/ITABUNA;
SINDMAR/SÃO PAULO;
FLEMACON – LÚCIA MAIA – PRESIDENTE;
SINDLADRILHOS;
SINTRACON/SERGIPE;
SINTRACOM/SAJ;
SINDIOESTE/BARREIRAS;
SINTRACOM/VC;
SINTRACOM/SUDOESTE;
SINTICESB;
MOACIR MARTINS – COORD. NACIONAL DO RAMO;
STICCMFS/FEIRA DE SANTANA;
UITBB – ANTÔNIO LOPES – PRESIDENTE.
Salvador/BA, 23 de agosto de 2017.
*Raimundo Brito é coordenador Nacional do Ramo da CTB