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    Bahia é 1º no ranking de mortes por choque elétrico no país

     

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    A Bahia é o estado número um em mortes por choque elétrico no Brasil. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), o estado registrou 68 óbitos no ano passado.

    O estudo foi o primeiro detalhado sobre o tema e analisou notícias veiculadas em todas as mídias e redes sociais do país. Na Bahia, os números oficiais apontam para um quadro ainda mais alarmante. A Secretaria da Saúde do estado (Sesab) indica que foram registrados 127 óbitos em 2014.

    O engenheiro elétrico Edson Martinho, que participou da pesquisa nacional, afirma que os acidentes aconteceram, em sua maioria, dentro das residências, devido à má conservação do sistema de energia.

     

    De acordo com ele, as instalações precisam de manutenção a cada cinco anos. Isso porque o isolamento dos cabos pode ser danificado durante a construção da casa, em obras, ou até mesmo com o passar do tempo.

    “Outra questão é que os equipamentos eletrônicos estão cada vez mais potentes. As instalações elétricas precisam acompanhar esse desenvolvimento, para suportar a carga”, explica.

    Essas revisões precisam ser feitas por profissionais comprovadamente capacitados, defende o engenheiro. Na inspeção, são analisados: condutor de proteção, fio terra, dispositivo DR (proteção contra choques elétricos e incêndios) e dimensão dos cabos.

    Ocorrências

    A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) revela que recebeu 105 ocorrências de eventos envolvendo a interferência da população na rede da empresa em 2014. Dessas, 34 acarretaram mortes. Neste ano, já foram 49 registros, com nove óbitos.

    Gerente corporativo de segurança da Coelba, Hugo Vidal detalha que 40% dos acidentes registrados, que resultaram em mortes, estavam associados a obras irregulares junto à rede elétrica. Conforme o engenheiro, a distância de segurança não estava sendo respeitada por quem construía os “puxadinhos” e lajes.

    “Os números alarmantes estão muito associados ao nível de conscientização da população baiana. A rede elétrica do estado segue todas as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, declara Vidal.

    Os outros 60% das ocorrências estão ligadas à falta de manutenção dentro das residências. “É extremamente importante que as pessoas sigam as normas e sejam cautelosas quando o assunto for energia. A atenção também deve ser redobrada em locais úmidos, como banheiros e lavanderias”, reitera.

    “Gato”

    Entre as instalações irregulares, 10% são referentes a ligações clandestinas, conhecidas como “gatos”. O engenheiro elétrico Edson Martinho alerta que os fios de alta-tensão, comuns nos postes, podem levar à morte ou causar danos irreversíveis, como queimaduras, parada cardíaca ou respiratória. A longo prazo podem causar doenças como câncer, problemas renais, no pâncreas e respiratórios.

    Hugo Vidal, da Coelba, lembra que “gato” é crime (furto – Art. 155, § 3º, do Código Penal) e a pena pode ser de um a quatro anos de prisão e multa. “Isso sem contar que põe em risco a vida de quem faz e de quem passa pela rua. Pode ainda causar sérios problemas ao fornecimento de energia”, frisa.

    Evite ser vítima de acidentes

    Manutenção – A rede elétrica interna deve passar por manutenção a cada cinco anos

    Fios e tomadas – O cuidado precisa ser intensificado, principalmente se houver crianças na residência. Verifique se os fios estão bem isolados e tampe as tomadas com protetores

    Chuveiro elétrico – Nunca ajuste a temperatura do chuveiro com ele ligado. Desligue a fonte para isso

    Geladeira – Este ou qualquer outro equipamento que esteja dando pequenos choques precisam ser trocados e não podem ser doados

    Secador de cabelo e chapinha – Use-os em um local seco, como o quarto. Após o banho, com o corpo ainda molhado, não é recomentado

    Trovoadas e raios – Não use celulares ou outros dispositivos que estejam carregando. Evite utilizar telefone fixo

    Fonte:  Programa Casa Segura, do Instituto Brasileiro do Cobre

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