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Depois dos bancários, Vale-Cultura deve beneficiar outras categorias
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse terça(22), em São Paulo, que o Vale-Cultura deverá ser incluído no acordo coletivo de várias categorias profissionais depois do acerto firmado na última sexta-feira (18) entre o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que deve abranger aproximadamente 300 mil trabalhadores.
“Após a aprovação no Congresso e a sanção da presidenta Dilma, este foi o momento mais importante para o benefício”, afirmou Marta, em entrevista à Rádio Brasil Atual logo após a reunião. A categoria bancária é a primeira a aderir ao programa, após campanha salarial que terminou depois de 23 dias de greve nacional. “A partir de agora, todas as negociações coletivas deverão incluir o benefício”, previu a ministra.
Pela regulamentação do Vale-Cultura, os trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos terão direito a R$ 50 por mês para utilizar na compra de ingressos para shows, teatro, cinema, compra de CDs e outros produtos culturais. Entre 2% e 10% deste valor são descontados pela empresa, de acordo com a faixa salarial.
Marta disse que as empresas também podem avançar nos valores incluindo os funcionários que ganham acima de cinco mínimos. “Para seis mínimos, o desconto seria de 12% e assim por diante.” Ela avalia que sempre valerá a pena para a empresa oferecer o benefício, ato que pode lhe conferir um diferencial no mercado.
A ministra prevê que o vale vai esquentar as vendas de livros e ajudará a manter abertos cinemas em pequenas cidades, pois os bancos estão em quase todas elas. Marta também disse que o ministério está discutindo com produtores culturais a possibilidade de serem feitas sessões especiais com pagamento específico com o vale. “Os grandes musicais, produções mais elaboradas também poderão ser acessíveis aos trabalhadores”, disse.
Fonte: RBA